Rolling Stones, Bob Dylan, Paul McCartney,
Neil Young, Roger Waters e The Who são as
atrações do Desert Trip, na Califórnia.
Começa hoje sexta (7) o Desert Trip Festival,
provavelmente a maior reunião de astros do
rock desde os festivais de Woodstock e
Monterey Pop, na cidade de Indio, Califórnia,
a 204 km de Los Angeles (na região do deserto
do Colorado, mesmo local do Coachella Valley
Music Festival, e dos mesmos realizadores).
Começa também a maior gangorra de números
colossais de todos os tempos. Nesta sexta-feira
tocam Rolling Stones e Bob Dylan, sábado
tocam Paul McCartney e Neil Young, domingo
tem Roger Waters e The Who.
a 204 km de Los Angeles (na região do deserto
do Colorado, mesmo local do Coachella Valley
Music Festival, e dos mesmos realizadores).
Começa também a maior gangorra de números
colossais de todos os tempos. Nesta sexta-feira
tocam Rolling Stones e Bob Dylan, sábado
tocam Paul McCartney e Neil Young, domingo
tem Roger Waters e The Who.
Tal excentricidade movimenta a cifra de US$
160 milhões, o dobro do que foi o Coachella
Festival de 2015, até então o maior
faturamento da História. Juntas, as seis
atrações dessa jornada, cuja idade média é
de 72 anos, venderam 439 milhões de discos
em carreiras que, somadas, dão 328 anos.
Lançaram 172 álbuns originais, faturam
US$ 18 milhões (juntos) a cada concerto.
faturamento da História. Juntas, as seis
atrações dessa jornada, cuja idade média é
de 72 anos, venderam 439 milhões de discos
em carreiras que, somadas, dão 328 anos.
Lançaram 172 álbuns originais, faturam
US$ 18 milhões (juntos) a cada concerto.
Cerca de 70 mil pessoas por dia estarão
no Empire Polo Club para assistir aos ídolos,
algumas delas pagando até US$ 1,6 mil por
um pacote (cerca de R$ 5,4 mil). Outras
pagarão US$ 500 adicionais (R$ 1,7 mil)
para assistir ao mesmo tempo a uma aula
de culinária com chefs de cozinha renomados,
US$ 600 (R$ 2 mil) por um passe de limusine
e US$ 900 (R$ 3 mil) por um lugar no camping.
Aulas de ioga e pilates estão entre os luxos
dessa versão milionária de Woodstock.
US$ 600 (R$ 2 mil) por um passe de limusine
e US$ 900 (R$ 3 mil) por um lugar no camping.
Aulas de ioga e pilates estão entre os luxos
dessa versão milionária de Woodstock.
Apesar dos preços, o primeiro final de
semana do festival teve seus ingressos
esgotados em apenas 3 horas. Consta que
o Led Zeppelin recusou um cachê de US$
15 milhões para se juntar ao elenco desse
final de semana. A longevidade dos astros
envolvidos valeu ao festival o apelido de
OldChella, o Coachella dos velhos.
Os Stones, para ratificar o seu desprezo
para com esses clichês da obsolescência
etária, chegou de ônibus ontem a Índio com
seu quarteto impassível e um disco novo
na bagagem, Blue and Lonesome, que será
lançado em dezembro (seu último disco,
A Bigger Bang, fora lançado em 2005).
Na plateia, segundo o organizador, Paul
Tollett, da empresa Goldenvoice, haverá
tanto gente de 20 anos, que comprou a
grande massa dos ingressos, quanto de
90 anos, que comprou uma boa parte e
que espera há 50 anos uma reunião
desse tipo. "É provavelmente o primeiro
show no qual o número de pessoas
trazendo seus filhos é igual ao número
que está trazendo seus pais", disse Tollett.
Não se pode dizer que são astros
acomodados esses que baixaram na
Califórnia neste final de semana. Bob
Dylan, não contente com o lançamento
de um disco, lançou logo dois este ano,
dois álbuns no qual reinterpreta standards
dos anos 1940 e 1950. Neil Young está
promovendo seu álbum de protesto contra
a ação da empresa Monsanto. Paul
McCartney vem de uma colaboração com
Kanye West e Rihanna. Roger Waters vem
da megaturnê de revisitação do espetáculo
The Wall, e diz que vai se aposentar após
essa nova série de shows. O último trabalho
inédito do The Who foi o disco Endless Wire,
de 2006.
Kanye West e Rihanna. Roger Waters vem
da megaturnê de revisitação do espetáculo
The Wall, e diz que vai se aposentar após
essa nova série de shows. O último trabalho
inédito do The Who foi o disco Endless Wire,
de 2006.
Há pouca possibilidade de que a escalação
desse festival tenha condições de se repetir
no futuro. É uma rara confluência de
desígnios (e cachês) - festivais beneficentes,
como o Live Aid e o Live 8, chegaram a algo
parecido, mas os astros subverteram
agendas por motivos humanitários.
Paul Tollett disse que vai repetir o evento
no ano que vem, mas o time a ser colocado
em cena não tem a menor chance de ser
equivalente ao deste final de semana.
As seis atrações juntas compõem
um raro painel da antiga "monocultura"
do rock, como descreveu o jornal Los
Angeles Times. Waters e a ambição
progressiva, Stones e o rock emprenhado
pelo blues, McCartney com o testemunho
vivo da beatlemania, Dylan como o mutante
inalcançável do folk, Neil Young como o
motivador das rebeliões sonoras, The Who
como a força incandescente dos mods.
Por isso, alguns já o chamam de
"o festival do século".
inalcançável do folk, Neil Young como o
motivador das rebeliões sonoras, The Who
como a força incandescente dos mods.
Por isso, alguns já o chamam de
"o festival do século".
Fonte: http://musica.uol.com.br/noticias