sábado, 17 de setembro de 2011

Banda de rock de brasileiros agrada os ouvidos de Produtor nos EUA


Paulistanos da "Cruz" vivem sonho com a perspectiva de estourar nas rádios norte-americanas.
 
Imagine que você tenha uma banda de rock com amigos. Um belo dia, um consagrado produtor musical norte-americano ouve o som de vocês, curte e decide apostar no projeto. Essa situação é o sonho de diversos músicos brasileiros que buscam um lugar ao sol, certo? Pois foi exatamente isso o que aconteceu com a Cruz.
 
Composta por cinco paulistanos, a banda está radicada há três anos em Los Angeles, na Califórnia, e, enquanto se prepara para ser oficialmente lançada nos Estados Unidos, realiza neste mês uma miniturnê pelo Brasil.
 
Com Enrico Minelli no vocal, Filipe Pampuri e Rafael Kumelys nas guitarras, José Orlando no baixo e Daniel Pampuri na bateria, o grupo tem como padrinho o produtor norte-americano Jay Baumgardner, conhecido por já ter trabalhado com grandes nomes como Papa Roach, No Doubt, Linkin Park, Evanescence e Godsmack.
 
O encontro com Baumgardner não aconteceu por acaso, mas o convite para assinar um contrato com o selo musical recém-criado pelo produtor foi inesperado. Era o ano de 2008. O grupo havia gravado um CD demo todo em inglês em São Paulo e, em busca de aprimorar o som, embarcou para os Estados Unidos com dinheiro emprestado por familiares para masterizar e mixar o projeto.
 
O estúdio escolhido foi o de Baumgardner, o NRG Recording Studios, um dos mais conceituados da terra do Tio Sam. Durante o trabalho, o som acabou chamando a atenção do produtor e a mixagem do CD, que seria feita por ele em dez dias, levou um mês para ficar pronta.
 
Trabalho encerrado, passagens compradas, era hora de retornar ao Brasil. Foi aí que Baumgardner fez a proposta aos integrantes da banda. “Fomos até os Estados Unidos para ficar com um som profissional. Não tínhamos ambição de nada até então. Como ele gostou do nosso trabalho, perguntou se aceitaríamos ficar por lá e fazer um disco. Topamos na hora”, conta o vocalista Enrico Minelli.
 
Os músicos rasgaram os bilhetes aéreos para o Brasil e, de maneira improvisada, acabaram dormindo em carros e nas casas de integrantes de outras bandas que também gravavam no NRG, dos quais ficaram amigos.
 
“Não podíamos voltar para casa e deixar a coisa esfriar. Como o dinheiro inicial havia acabado, pegamos grana de onde dava. Eu e meu irmão vendemos guitarras e outros equipamentos que tínhamos em um estúdio em São Paulo. O Rafael vendeu o carro. Juntamos tudo”, recorda Pampuri.
 
Facilitou o fato de eles já serem fluentes na língua de Shakespeare. Enrico Minelli tinha morado na Austrália, Filipe Pampuri nos Estados Unidos e José Orlando na Inglaterra. Ainda assim, o grupo ficou com receio de como seria a aceitação do público norte-americano. Brasileiros fazendo rock em inglês poderia soar estranho. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário. “Tínhamos um pouco de medo de como seria a receptividade da galera. Mas, quando falamos que somos do Brasil, as pessoas se amarram. Pedem para contar como fomos parar lá e começamos a trocar ideias”, diz Minelli.
 
O grupo tem feito em média sete shows por mês nos Estados Unidos e possui um público cativo. Entre os lugares onde a banda se apresentou estão a casa The Rocks, onde já pisaram os lendários Rolling Stones e Led Zeppelin, e até uma festa beneficente na mansão da Playboy. O melhor show para eles, no entanto, aconteceu no The Vipper Room, um clube noturno localizado em West Hollywood, na Califórnia, que já pertenceu ao ator Johnny Deep. “É relativamente pequeno, mas possui uma acústica perfeita”, diz Pampuri.
 
Mesmo a pleno vapor, o lançamento oficial do grupo, com estratégia para tocar nas rádios e fazer apresentações na TV, está marcado para o início do ano que vem, quando a Cruz vai iniciar uma turnê pelos Estados Unidos.
 
Leia mais e assista os clips em: www.territoriodamusica.com.br 

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